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O mercado prevê um ano de recuperação para o setor aeronáutico mundial em 2023. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) espera um retorno à lucratividade para o setor, com a continuação da redução das perdas em razão da pandemia.

Para o próximo ano, espera-se que as companhias aéreas registrem lucro líquido somado de US$ 4,7 bilhões – uma margem de lucro líquido de 0,6%. É o primeiro resultado positivo desde 2019, quando a indústria atingiu US$ 26,4 bilhões.  

Em 2022, as perdas líquidas das companhias aéreas devem chegar a US$ 6,9 bilhões, resultado bem melhor do que as perdas de US$ 42 bilhões e US$ 137,7 bilhões ocorridas em 2021 e 2020, respectivamente.

Em relação à América Latina, espera-se que as operadoras registrem uma perda de US$ 2 bilhões em 2022, reduzindo para US$ 795 milhões em 2023, quando o crescimento da demanda de passageiros de 9,3% deve superar o crescimento da capacidade de 6,3%. Ao longo do ano, a região deverá atender 95,6% dos níveis de demanda pré-crise.

Governo federal

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional aprovou as emendas ao Orçamento Geral da União de 2023.

Serão destinados R$ 2,7 bilhões para programas prioritários Forças Armadas. Na divisão dos recursos, a Aeronáutica ficará com R$ 1,9 bilhão para a aquisição de 36 caças Gripen da empresa sueca SAAB.

Esses caças já começaram a ser entregues, e o projeto será finalizado nos próximos anos. 

Embraer 

Em seu balanço mais recente, referente ao terceiro trimestre de 2022, a Embraer divulgou que entregou 10 jatos comerciais e 23 jatos executivos (15 jatos leves / 8 jatos médios/super médios) no período, totalizando 27 jatos comerciais e 52 jatos executivos (33 jatos leves / 19 jatos médios/super médios) no acumulado do ano.

E a empresa tem boas perspectivas para 2023. No início do mês, a Embraer confirmou que a companhia aérea espanhola Binter é o cliente de um novo pedido firme de cinco aeronaves E195-E2. As entregas estão previstas para acontecer em 2023 e 2024. O valor do contrato é de US$ 389,4 milhões.

A Eve, startup da Embraer que desenvolve veículos de pouso e decolagem vertical (eVTOLs), os “carros voadores”, continuará os projetos e testes para que as operações possam começar em 2026. A empresa tem previsão de faturamento de US$ 4,5 bilhões em 2030, se suas aeronaves receberem aprovação das autoridades regulatórias até 2025. 

Outro foco de investimentos é nas aeronaves da família “Energia”, lançadas recentemente, de olho em sustentabilidade. O projeto inclui aviões comerciais com motores elétricos e híbridos, que devem chegar ao mercado a partir da próxima década.

É um caminho de toda a indústria aeronáutica, que busca soluções disruptivas a partir de inovações em design, materiais, digitalização e desenvolvimento de tecnologias de geração, armazenamento e gestão da energia.

São José recebe evento internacional

São José dos Campos e região terão a oportunidade para conhecer as novidades e desafios do setor aeroespacial. A cidade será sede do maior evento de estudos espaciais do mundo, o SSP (Space Studies Program), que terá sua 35ª edição realizada entre os dias 26 de junho e 25 de agosto de 2023.

Durante nove semanas, São José receberá cerca de 300 pessoas de 50 nacionalidades, entre professores, estudantes, astronautas e líderes mundiais de agências espaciais.  Os estudos acadêmicos serão realizados no INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).

Organizado pela ISU (International Space University), o SSP é considerado o mais importante e abrangente programa de treinamento da área espacial e será uma oportunidade para conhecer as novidades e desafios do setor.


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