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O Dia do Empreendedorismo Feminino, comemorado hoje (19 de novembro) é momento para comemorar as conquistas, o protagonismo e o impacto econômico e social das mulheres que estão à frente de negócios.

Estabelecida em 2014 pela ONU (Organização das Nações Unidas), a data vem sendo celebrada desde então durante a Semana Global do Empreendedorismo, com atividades em mais de 150 países.

A ONU Mulheres, braço da entidade que tem como objetivo principal a defesa dos direitos humanos das mulheres, é uma importante difusora da iniciativa.

Atuando em seis áreas prioritárias para diminuir a desigualdade de gêneros (Liderança e participação política das mulheres; Empoderamento econômico; Governança e Planejamento; Normas globais e regionais; Fim da violência contra mulheres e meninas; Paz e segurança e emergências humanitárias), ela expande a cada ano o movimento que envolve negócios fundados, idealizados ou liderados por mulheres.

Desafios das mulheres empreendedoras

Comandar um negócio é um grande desafio para todos, mas as mulheres, historicamente, se deparam com obstáculos extras nessa empreitada.

Mais da metade delas é mãe e precisa conciliar uma jornada dupla. Além disso, o preconceito, maior dificuldade para obter crédito, falta de apoio e até de confiança são alguns dos motivos que dificultam a trajetória empresarial de mulheres.

Apesar de serem 16% mais escolarizadas que os homens, os empreendimentos das mulheres brasileiras faturam 22% a menos, seguindo a tendência de menores remunerações para mulheres que ainda prevalece no mercado.

Empreendedorismo Feminino no Brasil

Pesquisa do GEM (Global Entrepreneurship Monitor) revelou que o Brasil está no 7° lugar no ranking de países com maior número de donos de negócios iniciais.

Segundo dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o país conta com 9,3 milhões de empresárias (um terço do total) e 81% delas empreendem sozinhas. O movimento de empreendedorismo feminino ganhou força durante a pandemia.

Levantamento do Sebrae e da FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostra que 71% das mulheres usaram dinheiro próprio para inovar em seus negócios no período, 8% acima dos homens.

E algumas iniciativas vão fortalecendo ainda mais essa tendência. O Sebrae Delas, por exemplo, é um programa de aceleração que busca fomentar e profissionalizar práticas empresariais e políticas públicas para valorizar as competências, comportamentos e habilidades das mulheres empreendedoras.

Em uma parceria com a Caixa, surgiu a ação Caixa Pra Elas Empreendedoras, uma vertente do programa Caixa Pra Elas, implementado para oferecer às mulheres orientações a respeito de educação financeira, empreendedorismo e sobre como prevenir a violência de gênero.

Segundo o banco, a proposta é oferecer capacitação e crédito facilitado para que mulheres regularizem uma atividade econômica informal que já desempenham e para aquelas que sonham começar seu próprio negócio.

Para acessar o crédito, tanto quem ainda não empreende quanto quem já está enquadrada na condição de MEI e precisa de apoio para incrementar seu negócio, é encaminhada uma proposta para cursos de capacitação realizados de graça e remotamente (online) pelo Sebrae.

A previsão inicial era de que a Caixa disponibilizasse R$ 1 bilhão em crédito para mulheres com interesse em se registrar como microempreendedoras individuais (MEIs). Atualmente, 48% dos MEIs são mulheres, com atuação majoritária nas áreas de alimentação, moda e beleza.


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